Corredor de fumaça intoxicante do BR pode ser visto do espaço.
Fuligem proveniente de queimadas na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal afeta pelo menos dez estados brasileiros.
As queimadas precoces têm causado estragos significativos na Amazônia e no Pantanal, resultando em uma densa cortina de fumaça que se espalha por diversas regiões do Brasil. A fumaça originada pelos incêndios já atingiu ao menos dez estados, afetando as regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualmente existem 1.540 focos de incêndio ativos no Brasil, sendo que 73,7% deles estão concentrados na Amazônia e no Cerrado. Corredor de fumaça se forma no Brasil – Segundo a MetSul Meteorologia, a fuligem dessas queimadas foi transportada por uma corrente de jatos quentes e secos, característica desta época do ano, que se forma a cerca de 1.500 metros de altitude. Esse fenômeno criou o chamado corredor de fumaça, que percorre o país.
Além de impactar diretamente o Amazonas, Roraima e o Pará, onde a fumaça permanece próxima à superfície, mapas do Copernicus, o Programa de Observação da Terra da União Europeia, indicam que a fuligem atingiu com força os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nesses locais, os poluentes ficaram suspensos na atmosfera, deixando o céu com um aspecto acinzentado e “fosco” Poluição atmosférica se espalha por vários estados – A fumaça das queimadas foi detectada em diversas cidades dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, que registraram níveis críticos de poluição atmosférica na terça-feira (20).
A previsão é que o corredor de fumaça persista até a próxima sexta-feira (23), quando uma frente fria vinda do sul encontrará os ventos quentes da Amazônia, ajudando a dissipar as partículas de fuligem. Fumaça brasileira atinge países vizinhos -Satélites da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos captaram uma densa camada de fumaça sobre países como Peru, Bolívia e Paraguai. Essa alta densidade de fuligem proveniente do Brasil evidencia o impacto transfronteiriço das queimadas.